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Nova Lei da Flórida Permite que Médicos Estrangeiros Atuem Sem Residência nos EUA

Mudança no estatuto estadual abre portas para profissionais formados no exterior, mas ainda exige autorização de trabalho válida.

O estado da Flórida aprovou uma importante mudança em sua legislação médica que pode beneficiar diretamente profissionais formados no exterior, incluindo centenas de médicos brasileiros. A emenda ao Florida Statute Section 458.311(8)(e) cria uma nova alternativa para que médicos estrangeiros obtenham licença para exercer a medicina no estado, mesmo sem terem concluído residência médica nos Estados Unidos ou no Canadá.

Até então, o requisito de residência em território norte-americano era obrigatório para a obtenção da licença. Agora, os médicos formados fora do país poderão substituir essa exigência caso cumpram uma série de critérios específicos — entre eles, possuir licença ativa e sem restrições no país de origem, comprovar pelo menos quatro anos de prática médica contínua, ter formação pós-graduada equivalente à residência norte-americana, apresentar certificação da Educational Commission for Foreign Medical Graduates (ECFMG) e possuir uma oferta de emprego em tempo integral de um provedor de saúde estabelecido na Flórida.

Segundo a advogada de imigração Haydee Nascimento, que atua na Flórida, a mudança “abre uma porta importante para médicos qualificados do exterior, mas não elimina a necessidade de observar as regras migratórias federais”. Ela ressalta que, embora a nova lei facilite o licenciamento estadual, “o profissional ainda precisa ter status migratório válido para trabalhar legalmente no país — seja por meio de green card ou de visto de trabalho, como H-1B, O-1 ou J-1”.

A nova norma também busca atender à crescente demanda por profissionais de saúde na Flórida, um dos estados com maior déficit médico dos Estados Unidos. Para muitos brasileiros, especialmente aqueles com longa experiência clínica e licença ativa no Brasil, a medida pode representar uma oportunidade inédita de atuação profissional. No entanto, Haydee alerta que cada caso deve ser avaliado individualmente. “É preciso verificar o reconhecimento da formação e garantir que todos os requisitos de imigração e licenciamento sejam atendidos. A legislação estadual não substitui as leis federais”, explica.

Embora a emenda não conceda automaticamente benefícios migratórios, ela pode fortalecer o currículo de profissionais estrangeiros e ampliar as chances de patrocínio para vistos de trabalho ou residência permanente. “Ter uma licença estadual em mãos é um diferencial que demonstra a qualificação reconhecida por um governo local, o que pode pesar positivamente em processos futuros”, conclui Haydee.

A iniciativa, segundo especialistas, reflete um movimento mais amplo de estados norte-americanos em busca de soluções para a escassez de médicos e profissionais de saúde, especialmente em regiões mais carentes e hospitais comunitários.

Fonte: https://www.gazetanews.com/imigracao/ 

OBS.: O propósito deste artigo é informar as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração

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