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A administração Biden: O desastre da imigração nos EUA

Dr. Witer DeSiqueira – Advogado especialista em imigração (OAB/GO – 27.288)

A administração Biden enfrentou uma série de desafios e críticas em relação à sua abordagem na política migratória dos Estados Unidos. Embora tenha prometido uma mudança de direção em relação ao governo de Donald Trump, a gestão atual tem sido alvo de diversas críticas, tanto de opositores quanto de alguns apoiadores. Neste artigo decidi explorar alguns pontos que contribuíram para o declínio da imigração durante a administração de Joe Biden.

Crise na Fronteira

Um dos principais pontos de crítica foi a gestão da crise na fronteira sul dos EUA. O aumento significativo no número de imigrantes ilegais, incluindo crianças desacompanhadas, sobrecarregou as capacidades das administrações locais, prejudicando politicamente e economicamente os estados que fazem fronteira com o México. As divergências de estratégias do governo Biden com os governos locais contribuíram para inúmeras falhas na recepção, análise e processamento de casos de asilo e deportações.

Política de Deportação

Apesar das promessas de uma abordagem mais compassiva, a administração Biden foi criticada por continuar algumas políticas de deportação do governo anterior. Muitos observadores destacam que, embora tenha havido mudanças na retórica, a prática de deportações persiste em certos casos, desapontando aqueles que esperavam uma reversão mais abrangente. Dados recentes do Departamento de Segurança Interna (DHS) revelam que, nos dois primeiros anos da administração Biden, uma porcentagem maior de imigrantes foi removida em comparação com os dois últimos anos do governo Trump. Biden está removendo 3,5 vezes mais pessoas por mês do que o governo de Trump em termos absolutos.

Imigração Legal

A lentidão e a complexidade do sistema de asilo e a ausência de mudanças significativas para acelerar os demais processos migratórios sobrecarregou o Sistema de Imigração dos Estados Unidos , o USCIS, resultando em longos períodos de espera e incerteza para muitos indivíduos que aplicaram para processos legais. Esse “backlog” resultou em atrasos até mesmo nos processos consulares em diversos países, como no caso do Brasil.

Título 42 e a Pandemia

A manutenção da aplicação do Título 42, uma medida de saúde pública para conter a propagação da COVID-19, mesmo após o fim da pandemia, demonstrou a incapacidade de administração da crise migratória e a utilização de políticas mascaradas e desumanas.

Falta de Reforma Abrangente

Apesar das promessas de uma reforma migratória abrangente, a administração não seguiu em frente com os seus planos. O governo de Biden aproveitou as mesmas políticas da administração passada, deixando a mercê das decisões do Congresso Americano.

Em conclusão, esses dois últimos anos demonstraram que os planos de governo de Joe Biden em relação a imigração dos Estados Unidos, não se passavam de manobras políticas para a sua eleição, já que mais de 15% da população do país é composta por imigrantes. A falta de pulso firme, a ausência de coordenação do governo com os estados e o descumprimento das promessas desencadearam uma crise maior ainda. Dessa forma, torna-se evidente que o próximo governo dos EUA enfrentará a imigração ilegal com mais rigidez, na tentativa de conter o avanço da crise e solucionar os atrasos nos processos legais.

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OBS.: O propósito deste artigo é informar as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração

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