Os Estados Unidos estão financiando voos para devolver migrantes que planejavam chegar ao norte do continente para a América do Sul.
O Panamá iniciou a deportação de migrantes indocumentados em voos financiados pelos Estados Unidos, uma medida tomada como parte de um esforço para conter a migração irregular para o norte do continente. Essa ação foi iniciada menos de dois meses após a posse do novo presidente panamenho, José Raúl Mulino, que prometeu reduzir o número de migrantes atravessando o perigoso Darien Gap, uma faixa de selva que separa a Colômbia do Panamá.
O governo de Joe Biden está financiando os voos de repatriamento como parte de uma estratégia para dissuadir a migração irregular, comprometendo-se a alocar US$ 6 milhões para ajudar o Panamá com equipamentos, transporte e logística necessários para deportar estrangeiros sem base legal para permanecer no país. O primeiro grupo a ser deportado incluiu 29 colombianos com antecedentes criminais.
O acordo firmado entre o Panamá e os EUA visa reduzir o número de migrantes chegando à fronteira americana, abordando o problema em uma fase anterior da viagem, no Panamá. Em 2023, estima-se que cerca de 520 mil pessoas cruzaram o Darien Gap em direção ao norte, com muitos pagando a gangues para atravessar essa perigosa região.
A situação migratória é uma questão central nas eleições presidenciais dos EUA, e o fluxo de migrantes na fronteira com o México está sendo monitorado de perto. O presidente Mulino descreveu a situação dos migrantes como “triste”, destacando que muitos deles são da Venezuela e enfrentam grandes riscos durante a viagem.
Há preocupações de que o fluxo migratório da Venezuela possa aumentar devido à crise política no país. A situação se agravou após a vitória controversa do presidente Nicolás Maduro nas últimas eleições, o que pode levar mais venezuelanos a deixarem o país.
Notícia adaptada de BBC News Mundo
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